Faz muito tempo que jogos de luta, são o entretenimento de uma geração sedenta por ver os pixels vermelhos jorrando na tela, todavia não é sobre isso que se trata esse post e sim sobre oque mais um game de luta pode oferecer além da já adorada violência gratuita!
Round 1 Fight
Era um chuvoso dia no ano de 1998, quando o homem que vos fala agora na época era um pequeno gafanhoto que avistou um game de luta totalmente diferente de tudo que ele já havia visto na vida! Era inacreditável ver dois lutadores se esmurrando e pasmem...não estavam em 2D( ou como o garoto dizia puxando a mão do pai " Olha pai eles não são só desenhos animados!!" *o*) Era óbvio, que eu iria comprar aquele game depois de ter visto aquele "gameplay incrível" na minha frente. Chegando em casa eu coloquei o game no console, dei play e BOMMM para minha surpresa esse game de luta não apenas tinha um jogabilidade nova, como ele também me apresentava uma história de plano de fundo para deixar tudo mais épico ainda! Eu sempre fui fã e um jogador de Street Fighter e The King of Fighters mas aquilo era totalmente diferente, eu tinha ali nas minhas mãos a história de vários personagens em 3D e contadas por CG's muito bem feitas para época. E foi ai que a minha relação de afeição entre jogador e game começou com Tekken, que hoje é minha franquia de jogo de luta favorita! Com a chegada de Tekken 7 vindo por ai e prometendo ser o ultimo para encerrar a história da franquia, eu me senti na obrigação de introduzir vocês nessa história bem construída e quem sabe animar os mesmos de jogar o game.
Lembrando que cada personagem tem sua história particular, porém vou procurar me focar apenas na principal para não ficar confuso e muito longo também. Também vou mencionar aqui 2 jogos que não fazem parte do enredo principal do game, mas que valem apena serem conferidos. Tekken Tag Tournament que junta todos os lutadores que já apareceram no game até o terceiro game, e Tekken Tag tournament 2 que junta todos os lutadores presentes no game até o sexto título.
A gênese da maldição (Tekken)
O Torneio de Rei dos Punhos de Ferro acontece vinte e um anos depois deste fato. Agora Kazuya é um campeão invicto (o único empate que teve foi contra Paul Phoenix, outro personagem do jogo que deseja ganhar o torneio e também derrotar Kazuya).O King of Iron Fist Tournament estava chegando ao fim. Muitas batalhas foram travadas, mas apenas um solitário guerreiro surgiu com o direito de impugnar Heihachi Mishima. Este guerreiro era Kazuya Mishima, filho de Heihachi. Ostentando a cicatriz da ferida que lhe foi infligida pelo pai quando o lançou de um penhasco, ele entra em combate com Heihachi. Depois de uma dura batalha que durou horas, Kazuya saiu vitorioso, utilizando o poder dado pela entidade sobrenatural conhecida como Devil. Como o corpo de Heihachi ficou caido no chão, Kazuya levantou-o em seus braços, caminhou lentamente à beira do mesmo precipício de onde seu pai o havia jogado, observa a paisagem e deixa cair o corpo de seu pai. Kazuya é o novo dono da Mishima Zaibatsu. Logo após a aparente morte de Heihachi, Kazuya desaparece nas sombras, a vingança subiu tanto sua cabeça que acabou transformando o mesmo em um Homem Frio e calculista.
O amor pode mudar um homem ou talvez não... (Tekken 2)
Tal como no primeiro Tekken, existe um final correspondente à história oficial. Nele, Heihachi voa em um helicóptero com Kazuya inconsciente na direção de um vulcão prestes a entrar em erupção. Heihachi joga Kazuya no vulcão e foge. A Mishima Zaibatsu é dele novamente e seu único adversário à altura está morto.O lado Devil de Kazuya atacou Jun e tentou possuir seu filho ainda no ventre, mas Jun derrotou o demônio. Jun amava Kazuya e estava grávida dele, mas não podia ajudá-lo. Com a aparente morte de Kazuya, Jun se refugiou num lugar oculto da Mishima Zaibatsu.
Uma nova geração (Tekken 3)
Dezoito anos depois, Heihachi ouve boatos sobre uma força misteriosa atuando no México. Simultaneamente notícias correm o mundo sobre lutadores famosos que vem sendo atacados e algumas vezes mortos por uma misteriosa criatura, chamada Ogre por algumas tribos próximas ao local onde ela surgiu. Os aldeões dizem que Ogre é o deus asteca da luta, que veio do céu para viver entre os mortais. Heihachi manda seu grupo paramilitar, a Tekken Force, para investigar. Eles encontram um templo asteca onde Ogre vive, mas a ação não sai como planejado, pois o ser é muito mais poderoso do que imaginavam. Ao chegar, Heihachi encontra suas tropas dizimadas.
Pouco depois, nos escritórios da Mishima Zaibatsu, Heihachi recebe a visita de um adolescente que diz ser seu neto. Seu nome é Jin Kazama, filho de Jun Kazama e de seu filho Kazuya. Jin relata a Heihachi que Ogre atacou o lugar onde morava e matou sua mãe. Dias antes, ela o orientou que procurasse o avô caso algo acontecesse, pois havia pressentido a aproximação de um grande mal. Intrigado e com a ambição de ter aquele poder, Heihachi percebe a força e a sede de vingança de Jin e decide treiná-lo. Suas reais intenções, contudo, eram de atrair Ogre usando Jin como isca.
Algum tempo depois, quando Jin já se tornara um poderoso lutador, Heihachi anuncia o terceiro torneio King of Iron Fist Tournament (ou "Torneio Rei dos Punhos de Aço"), esperando atrair a atenção de Ogre. Mas havia algo que Heihachi não sabia. O demônio que havia possuído Kazuya agora possui Jin, na forma de uma cicatriz em seu braço direito... Quem derrota Ogre na verdade é Paul Phoenix, um motoqueiro topetudo que um dia rivalizou com Kazuya, mas aí o Ogre se transforma em um monstrengo ainda pior, e quem o derrota é o Jin. Com o monstro morto, Heihachi ordena que seus homens matem Jin, e mete uma bala na cabeça dele. Mas então o Devil se manifesta transformando Jin em uma criatura super humana voa e acerta Heihachi ,ou seja, ele sobrevive e voa para longe, e aí a história continua nos jogos subsequentes.
O bom filho a casa torna (Tekken 4)
Heihachi empreendeu uma verdadeira caçada por Jin, sem sucesso. Entretanto, durante essa busca, Heihachi descobriu uma fotografia que o motivou ainda mais: Era seu filho, Kazuya Mishima, o qual ele mesmo jogara num vulcão vinte e um anos antes, matando-o. Sabendo que o filho também possuia o Devil Gene, Heihachi desviou-se um pouco da sua meta, mandando a Tekken Force outra vez à G Corporation, agora em busca ao corpo de Kazuya, pois soube que a corporação havia encontrado seu corpo, extraido e analisado seus dados genéticos. De fato, Heihachi percebeu que a empresa rival estava a caminho de criar a tal forma de vida que ele tanto queria, usando esses novos dados, e que as partes remanescentes do corpo de Kazuya e os dados desta pesquisa estavam guardados em segurança máxima nos laboratórios da G Corporation em Nebraska e Nepal, respectivamente. A Tekken Force invadiu o laboratório de pesquisas de segurança máxima no Nepal, enquanto, ao mesmo tempo, uma unidade separada, liderada por Heihachi, se infiltrava na base subterrânea de pesquisas em Nebraska, onde os restos mortais de Kazuya estavam sendo preservados. Porém, observando de seu helicóptero, Heihachi percebeu que as coisas não estavam indo bem. Informações das tropas diziam que a primeira linha de força estava sendo rechaçada ainda do lado de fora da sala de armazenamento onde os restos de Kazuya estariam. De repente, uma grande silhueta emergiu lentamente da sala. Quando Heihachi pode ver claramente através de seu monitor, ele percebeu imediatamente que era Kazuya, ressuscitado na base de pesquisas da G Corporation! Aproveitando que os planos de Heihachi não estavam seguindo como previsto, Kazuya desapareceu nas chamas por entre os integrantes armados da Tekken Force no laboratório. Heihachi estava enfurecido com o repentino sumiço de Kazuya e descontou a sua raiva nos seus subordinados que haviam relatado a fuga. Dr. Abel, conselheiro científico da Zaibatsu, disse a Heihachi que seria melhor usar essa fúria em uma maneira mais rápida possível de encontrar Kazuya. Refletindo melhor, Heihachi pensou em um novo plano, enquanto um sorriso maléfico aparecia em seu rosto.
O fato é que os cientistas da G Corporation haviam recolhido os restos mortais de Kazuya no vulcão onde fora lançado e conseguiram recriá-lo num tipo de processo de clonagem. Só não conseguiram descobrir como ele manteve todas as suas memórias anteriores. Após a sua ressureição, Kazuya ofereceu seu corpo como material de pesquisa para determinar a verdadeira natureza do demônio que o habita, com o objetivo de unificar seus dois egos, acreditando que só assim aproveitaria verdadeiramente os poderes de Devil e finalmente se vingaria de Heihachi e da Mishima Zaibatsu. Sabendo que Kazuya não resistiria à chance de se vingar e de tomar o controle da Mishima Zaibatsu, Heihachi anuciou o King of Iron Fist Tournament 4 e colocou o MFE (Mishima Financial Empire) como prêmio máximo. A pessoa que derrotasse Heihachi e se tornasse o campeão do torneio iria controlar a Mishima Zaibatsu. Kazuya, bem ciente de que o torneio era apenas uma armadilha criada por seu odioso pai, não desperdiçou a chance de derrotá-lo. A medida que o torneio avançava, Jin ganhava e se aproximava da grande final porém seu próximo adversário o surpreenderia, seu próprio pai que ele julgava estar morto.Seria uma luta entre iguais, mas Jin manisfesta sua raiva se transformando em Devil Jin e vence Kazuya no templo de Hon-Maru. Heihachi chega para lutar com Jin, mas também é derrotado e quando Jin tem a chance de matar os 2...avista sua mãe e desiste da ação depois Devil Jin sai de Hon-Maru voando, sem dar a mínima para o prêmio.
Uma antiga nova ameaça (Tekken 5)
O surpreendente e vindouro final (Tekken 7)
PERSONAGENS NOVOS:
O sexto jogo apresentou personagens como Lars, Alisa, Miguel, Zafina, Bob e Leo. Todos eles surgiram com estilos de luta completamente diferentes, novos na série, introduziram mais do que frescura no gameplay, introduziram também novas linhas de história e potencial para futuros jogos. Lars e Alisa foram dois dos maiores destaques e têm sido destacados em filmes e outros produtos como Street Fighter x Tekken.
Novos estilos de luta, muito mais do que descendentes de outros personagens e novas linhas de história é o que podemos pedir pois Tekken já nos habituou a alguns padrões que adoramos portanto não podem falhar. Enquanto assistimos ao desenrolar da luta entre Heihachi e Kazumi, esperamos ver mais personalidades a conquistar terreno.
CENÁRIOS DE ARRASAR:
Tekken 5 apresentou alguns cenários interessantes mas se tivesse que escolher destacaria os dois jogos Tag como os expoentes da loucura a que Harada e equipa podem ir quando querem espantar. Repletos de pequenos detalhes que ficam com o jogador, os cenários de Tekken contribuem muito para a alma da série e para a sua personalidade. De forma alguma irei permitir que ousem fugir à regra.
Tekken 6 deixou igualmente boas impressões mas não tão memoráveis quanto os outros jogos da série. Tekken 5 com o seu Moonlit Wilderness e outros foram claros destaques, combater no espaço em Tekken 4 também foi um toque diferente. Mesmo recuando até Tekken e Tekken 2 conseguimos perceber que existe uma grande ligação entre os personagens e os seus cenários. Tudo funciona em conjunto para servir melhor a experiência.
MODO ONLINE EXTENSIVO:
A possibilidade de gravar combates para colocar em sites como o YouTube, rever combates gravados e até ferramentas de análise ao comportamento dos jogadores são alguns dos condimentos essenciais para Tekken 7 na sua vertente online. Consolas como a Xbox One e a PlayStation 4 vão permitir que Tekken 7 se torne muito mais social e imediato do que alguma vez pensamos que poderia ser portanto acredito que o modo online se torne num dos modos que mais beneficiam das possibilidades da nova geração.
Desafios globais, troca de itens, acesso a novas formas de personalização de personagens (uma vertente tão louca e vasta na série Tekken) modos específicos em Tag e até o modo missão de Tekken 6, tudo serve para dar vida e vigor a este lado da experiência da Bandai Namco.
BOSS FINAL MENOS "CHEAP":
Unknown em Tekken Tag 2 é um bom ponto de referência e poderá servir como o molde perfeito para um boss de Tekken. Um personagem com poderes misteriosos mas com uma forma mais humana. De qualquer jeito, encontramos meios de os derrotar mas é muito mais satisfatório quando sentimos que temos as ferramentas para os vencer ao invés de sentirmos que é fruto de tentativa/erro, ou de um qualquer processo frustrante que nos incute picos de dificuldade.
No teaser vemos Jinpachi e Devil Jin, sugerindo que vão marcar presença, mas como a rivalidade entre Kazuya e Heihachi parece regressar ao centro, poderemos ter qualquer um dos dois como boss final. Podemos ainda ter Kazumi nesse papel porque a dado momento ela refere ter poderes similares aos de Heihachi. Ficamos à espera de novidades sobre este ponto do principal modo de Tekken.
Harada pode ainda procurar inspiração em Street Fighter e inserir segmentos ainda mais personalizados, na medida em que cada personagem terá um boss final específico contextualizado na sua história. Isto ao invés de enfrentarem sempre o mesmo inimigo comum, até porque nem todos defendem os mesmos ideias e valores.
HISTÓRIA SURREAL CHEIA DE CG:
O que pretendia para o novo jogo é uma maior presença na forma dos finais individuais mais prolongados e introduções à história em igual tratamento. A história de Tekken é tão louca que provavelmente a grande maioria já perdeu o fio à meada há muito mas ainda assim é motivador ver os finais e conhecer os perfis de cada personagem. Quem não se lembra de Paul a gritar com os pequenos extra-terrestres?
Para o futuro fica o pedido de um trabalho tão competente e fascinante quanto no passado mas uma utilização mais ampla deste elemento. Tal como a delicada profundidade presente no gameplay que nos motiva a aprender e a dominar os lutadores de Tekken, para rir nas concentrações de amigos, descobrir os finais para ver as CG que nos esperam no final de cada percurso é um dos maiores desejos. Sem esquecer que quero o regresso do desbloqueio de personagens ao chegar ao final com outros.
Muita da ligação que é estabelecida com o jogador é feita através destes momentos. Jogamos com os personagens até sentirmos que gostamos do seu estilo de combate e da forma como o utilizamos mas quando vemos as cutscenes loucas para conhecer a sua história, ficamos um pouco mais próximos, ou distantes, dos loucos protagonistas de Tekken.
MÚSICA LOUCA:
A loucura da banda sonora em Tekken não pode ser subestimada portanto estejam atentos e se possível comprem um bom sistema de som que este jogo certamente vai merecer. É impossível jogar Tekken e não ouvir as músicas que vão saindo das colunas enquanto pinguins passeiam pelo gelado cenário, ou enquanto turistas se movimentam numa piscina repleta de gente. Isto claro, sem contar com os temas dedicados a personagens específicos e a rivalidades icónicas.
Tekken tem temas repletos de impacto consoante as colunas explodem com um baixo agressivo, tem violinos que incutem melodia e tem sons de todo o mundo, tal como os seus personagens. Tekken conquistou muitos jogadores com a firme e coesa ligação entre os seus vários elementos, tal peço a Tekken 7. Para muitos jogadores, os jogos chegaram para serem jogados até à exaustão sendo depois substituídos pelos mais recentes mas jamais as suas bandas sonoras ficaram esquecidas.
MUITOS MODOS DE JOGO E MINI-JOGOS:
Um modo Story com fusão de elementos diferentes que o diferenciem do Arcade, quem sabe a inclusão de elementos RPG como um mapa de progressão com acesso a loja de itens e segredos nos quais usamos moedas obtidas nos combates em todos os modos. Imaginem uma espécie de mapa da cidade, ao estilo de Soulcalibur, mas com ramificações e caminhos a escolher para seguirmos ou lutarmos com alguma variedade. O modo à lá Streets of Rage pode ficar numa coisa à parte mas também o queremos ver, desde que acompanhado das devidas melhorias.
Passear por Tóquio livremente num mapa "mundo" e ser alvo de encontros aleatórios que nos transportam para a arena de combate é outra das formas que imagino Tekken 7 a conseguir surpreender. Percorrer o ecrã com uma versão chibi do personagem para depois entrar em combates seria brutal mas provavelmente já estou a imaginar um Persona 4: Tekken. Confesso que este delírio deriva de Racing Lagoon da Squaresoft, provavelmente o meu maior clássico de culto de todos os tempos.
Acredito que muitos fãs da série nem sequer querem pensar em jogar Tekken num smartphone, pelo menos no seu formato tradicional, mas não recusam jogar Tekken Card Battle ou Tekken Bowling. Já temos uma mente preparada e desejosa de mini-jogos e excêntricos modos de jogo que não vemos em mais nenhum lado. Por outro lado, Tekken Revolution poderá vir a ter algum impacto na forma como progredimos e ganhamos itens ou personagens portanto teremos que esperar para ver como os modos de jogo serão implementados.
Existem muitas mais coisas que queremos ver mas temos a certeza que Harada vai dar conta do recado mas não lhe poderemos perdoar se nos faltar com isto. Tekken é Tekken desde que cumpra com os requisitos que tornou sinónimo da sua qualidade e que vá mais além na sua procura por melhorias. Por outro lado será o primeiro Tekken para uma nova geração de consolas com todas as suas novas potencialidades. Desde torneios online ainda mais imediatos e acessíveis, partilha de vídeos com lutas de forma instantânea, tudo em Tekken 7 deixa-nos a sorrir, especialmente devido ao brilhante passado da série.
Apphu^^